Seleção de 25 fotos sobre a situação do lixão de Enápolis-BA





























 Essas são algumas imagens do lixão da nossa cidade, esperem até semana que vem pois lançaremos um vídeo de uma entrevista com um catador.

Coleta seletiva, Itagimirim - BA

 Coleta seletiva possibilita geração de renda para a comunidade
O município de Itagimirim, no Extremo Sul da Bahia, está passando por um momento de grande transformação em sua consciência ambiental. O município está substituindo o seu antigo lixão por um aterro sanitário simplificado.

Essa nova realidade do município é resultado de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado entre a Veracel Celulose, a Prefeitura Municipal de Itagimirim e o Ministério Público Estadual. Além da construção de um Aterro Sanitário com duas células (uma para lixo doméstico e outra para lixo hospitalar) e de atividades de Educação Ambiental, será realizado o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) da área que está sendo utilizada como lixão.

Estas transformações estão possibilitando boas expectativas aos moradores do município, sobretudo a Sidália de Jesus Teixeira e Gilberto Alves dos Santos que há mais de 13 anos vivem próximo ao lixão e, diariamente, tiram o sustento da família através da coleta de materiais descartados pela população. Eles fazem parte do grupo de moradores locais que participaram de seminários sobre a importância da coleta seletiva e da preservação do meio ambiente e enxergaram na coleta seletiva uma nova oportunidade de vida. 

Atualmente, toda a renda do casal vem da coleta de materiais recicláveis como papelão, vidro, alumínio e garrafas pet que são revendidos a empresas de reciclagem da região. 

Gilberto Alves dos Santos afirma que depois do seminário sua visão sobre o lixo mudou bastante. Acredita que com a construção do aterro e a implantação da coleta seletiva no município seu trabalho vai melhorar muito. “Corremos um risco muito grande em trabalhar aqui. Com a implantação do aterro vamos receber material de segurança e todo o lixo que vier pra gente já vai estar separado”, comentou Santos.

Através de palestras instrutivas e seminários educativos, cerca de 400 moradores do município, representantes de diversos setores, foram orientados sobre temas como: contextualização e conceito de lixo e resíduo, Gestão de resíduos sólidos, Consumo consciente, Coleta Seletiva: Lixo seco e lixo úmido, Saneamento básico e Combate à Dengue.

De acordo com Lígia Mendes, especialista  em educação ambiental e RPPN da Veracel, estas ações de educação ambiental já atenderam a professores, alunos e colaboradores da empresa responsável pela limpeza urbana de Itagimirim. Mas as atividades estão dando tão certo que a intenção é ampliar as ações e sensibilizar os catadores de lixo e outros moradores sobre a importância da coleta seletiva e do valor ambiental e econômico destes resíduos . “Estamos com uma expectativa muito boa nesse sentido. Pois além de orientarmos sobre a importância da segregação dos resíduos, ainda estaremos formando multiplicadores de informação. Eles serão os responsáveis por orientar os outros moradores através da troca de experiências”. 

Os exemplos destas mudanças já fazem parte do dia a dia de moradores de Itagimirim. Antônio Souza Lisboa está há três meses trabalhando como catador de materiais recicláveis no lixão para complementar sua renda. Ele conta que houve uma importante mudança na sua visão sobre a importância de preservação do meio ambiente depois das ações da Veracel. “No meu antigo trabalho eu já separava os matérias recicláveis mas era apenas por motivo financeiro. Hoje sei da importância desta atividade pra mim e para o planeta”, afirma Lisboa.

Sidália de Jesus Teixeira é outro bom exemplo disso. Ela é catadora de lixo e sabe da importância da coleta seletiva mas confessa que apesar de estar em constante contato com estes materiais sabe muito pouco das outras utilidades que podem ter. “Até o momento, eu vivo só da coleta de recicláveis. Já trabalhei como doméstica, mas hoje eu tiro meu sustento daqui. Durante os cursos, aprendi muitas coisas sobre a importância da preservação do meio ambiente, mas estou ansiosa mesmo é para aprender a parte de reaproveitamento. 

Soube que dá pra fazer muitas coisas interessantes com os materiais que eu pego aqui e até ganhar um dinheiro extra com a venda dos novos produtos” comentou animada Teixeira.


Além das atividades de sensibilização sobre a importância da coleta seletiva e o respeito ao meio ambiente, neste mês de setembro a equipe do Programa de Educação Ambiental da Veracel (PEAV) está desenvolvendo oficinas de reaproveitamento de materiais, onde serão ensinadas alternativas de transformação do lixo em algo útil. 

Do lixo ao luxo - “Além da conscientização ambiental daremos uma nova oportunidade de geração de renda para estas famílias. A proposta destas oficinas é mostrar que é possível transformar diversos materiais que antes eram descartados, em produtos bem interessantes. 

Esta é mais uma oportunidade de geração de renda, além da coleta de materiais recicláveis”, explicou Virgínia Camargos, especialista ambiental da Veracel Celulose.



Fontes:

Gestão do lixo


Cada brasileiro produz 1,1 quilograma de lixo em média por dia. No País, são coletadas diariamente 188,8 toneladas de resíduos sólidos. Desse total, em 50,8% dos municípios, os resíduos ainda têm destino inadequado, pois vão para os 2.906 lixões que o Brasil possui.

Em 27,7% das cidades o lixo vai para os aterros sanitários e em 22,5% delas, para os aterros controlados, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE). 

Apesar desse quadro, o Brasil alcançou importantes avanços nos últimos anos na opinião do diretor da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Silvano Silvério. “Para se ter uma ideia, em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados aos aterros. Em 2008, esse número passou para 58%”, destacou ele.

No mesmo período, o número de programas de coleta seletiva mais que dobrou. Passou de 451, em 2000, para 994, em 2008. A maior concentração está nas regiões Sul e Sudeste, onde, respectivamente, 46% e 32,4% dos municípios informaram à pesquisa do IBGE que possuem coleta seletiva em todos os distritos.

 Dos 97% dos resíduos sólidos domésticos recolhidos, somente 12% são reciclados
       
Política para o lixo

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto de 2010, disciplina a coleta, o destino final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, entre outros.

A lei estabelece metas importantes para o setor, como o fechamento dos lixões até 2014 - a parte dos resíduos que não puder ir para a reciclagem, os chamados rejeitos, só poderá ser destinada para os aterros sanitários - e a elaboração de planos municipais de resíduos.
Para garantir o cumprimento do que está estabelecido na PNRS, está em fase final de estruturação o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O Plano, que esteve em consulta pública até dezembro de 2011, deve ser finalizado no primeiro semestre de 2012, segundo Silvério.

A socióloga Elisabeth Grimberg, coordenadora-executiva do Instituto Polis, que participou das audiências que definiram o texto, acredita na eficiência do Plano. “Ele será eficiente, pois foi construído de forma participativa e com metas desafiadoras”, afirma. 

De acordo com Grimberg, as novas responsabilidades definidas na PNRS reduzem gastos públicos municipais e ampliam a capacidade de investimentos das prefeituras em sistemas de reaproveitamento de resíduos de forma consorciada, assim comcompartilhamento de aterros sanitários entre municípios de uma mesma região.

A PNRS também define metas para a redução da geração de resíduos no País. “Para isso, é necessário investir em educação ambiental e assim mudar o comportamento da sociedade com relação a esse setor”, declarou o diretor de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano.


Separe o lixo e acerte na Lata

Quando falamos em resíduos sólidos, estamos nos referindo a algo resultante de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada. Esses materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.


Ao segregarmos os resíduos, estamos promovendo os primeiros passos para sua destinação adequada. Permitimos assim, várias frentes de oportunidades como: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos. 

Os catadores de materiais recicláveis receberam uma atenção especial na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pois serão priorizados para acesso aos recursos e o Governo Federal estimula os municípios a implementarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou associação de catadores de materiais recicláveis, constituída por pessoas de baixa renda. Também prioriza a participação dos catadores nos acordos previstos para viabilizar a logística reversa. Dessa forma, a campanha Separe o Lixo e Acerte na Lata tem o objetivo de facilitar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis e, consequentemente aumentar o nível de reciclagem no Brasil. 


O que é reciclável? -------------------------------------------------------------------------------------------------------


É reciclável todo o resíduo descartado que constitui interesse de transformação de partes ou o seu todo. Esses materiais poderão retornar à cadeia produtiva para virar o mesmo produto ou produtos diferentes dos originais. 

Por exemplo: Folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, PET, recipientes de limpeza, latas de cerveja e refrigerante, canos, esquadrias, arame, todos os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, embalagens em geral e outros. 


Como separar o lixo seco do lixo úmido?------------------------------------------------------------------------- 


Em dois recipientes diferentes deve separar de um lado restos de comida e do outro as embalagens de produtos em geral, tais como vidros, papel, PET, latas e etc. 

Por exemplo, na fração seca poderão ser destinados embalagens de produtos de limpeza, latas de bebidas em alumínio, latas de alimentos em aço, papel, garrafas PET, embalagens de vidro, dentre outras embalagens. 

Na fração úmida, poderá ir, por exemplo, restos de alimentos, resíduos de banheiro, e os não recicláveis.


Campanha “Separe o lixo e acerte na Lata”
http://www.separeolixo.com



Eletrônicos Fontes de Ouro no Lixo


Um relatório da organização ambientalista Greenpeace afirma que no ano passado os argentinos jogaram no lixo o equivalente a 228 kg de ouro, 1,7 mil kg de prata e 81 mil kg de cobre, por falta de reciclagem. Segundo o Greenpeace, o material está presente em dez milhões de celulares que são jogados fora por ano no país, e que - para piorar - poluem a terra, o ar e a água.
O relatório chama atenção para um setor conhecido como mineração urbana, uma atividade muito pouco difundida na América Latina, mas que na Europa, no Japão e na Coreia do Sul está se transformando em um importante gerador de emprego e riqueza, comparável até à mineração tradicional.

Ouro inexplorado
Mineração urbana é a reciclagem de materiais de valor presentes em resíduos eletrônicos, como ouro, prata, cobre, platina, alumínio, aço, terras raras e até mesmo plástico.

O ouro é um dos diversos componentes de computadores e celulares devido às suas propriedades de condução e estabilidade. Um estudo recente da Universidade das Nações Unidas no Japão estima que a fabricação de equipamentos tecnológicos receba o equivalente a US$ 16 bilhões de ouro e US$ 5 bilhões de prata. De acordo com a pesquisa, apenas 15% deste material é reaproveitado via reciclagem.


A proliferação de dispositivos eletrônicos e o curto período para que eles se tornem obsoletos geram milhões de toneladas de resíduos. O número de depósitos para lixo eletrônico cresce exponencialmente por ano. A reciclagem ainda é limitada, mas alguns analistas acreditam que exista neste setor uma grande oportunidade de negócios.

Um estudo da empresa Frost & Sullivan destaca que a mineração urbana gerou US$ 1,42 bilhões em 2011. A expectativa - segundo o relatório "Oportunidades globais no mercado dos serviços de reciclagem de lixo elétrico e equipamento eletrônico" - é que este mercado alcance um valor de US$ 1,8 bilhões até 2017.


Placas muita vezes contêm metais preciosos que podem ser garimpados. Foto: Asmo 23/Flickr.com/Divulgação
Placas muita vezes contêm metais preciosos que podem ser garimpados.
09 de outubro de 2012  08h44  atualizado às 12h09



Quando o Lixo Vira Dinheiro





A Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Catar) é uma cooperativa do Acre  que trabalhar com reciclagem de lixo. Existente desde 2005, ela é resultado de parceria entre diversos catadores de lixo e a prefeitura de Rio Branco. Hoje, 37 catadores são beneficiados pelo projeto, que funciona de maneira simples: as pessoas acumulam o material e o Catar recolhe nas casas, calçadas, pontos e instituições, para então prensá-lo e comercializá-lo.

Qual o destino do seu lixo?



O galpão ocupado pelo Catar no Distrito Industrial de Rio Branco consegue juntar de 10 a 12 toneladas de material reciclável mensalmente. Plástico, metal, vidro, papel, ferro, cobre e baterias são vendidas a R$ 0,40 o quilo para os vendedores. Há planos maiores para o futuro, como montar uma rede de artesanato e uma fábrica de sabão aproveitando o óleo. O Catar ainda está engatinhando, mas as expectativas são enormes.


Francisco Martins, catador há  mais de seis anos, foi quem recebeu o convite de ajudar a fundar o Catar para melhorar a condição de vida e renda dos catadores da capital. “O que mudou? A vida melhorou. Antes era avulso, não tínhamos um reconhecimento organizado”, diz Francisco Martins. “Hoje, mesmo organizados e com técnicas, ainda somos discriminados porque mexemos com lixo. O catador ainda é visto como um mendigo pelas pessoas”, desabafa.


Atualmente, o Catar conta com quatro funcionários. As conquistas já foram bastante importantes. Conseguiram um preço maior e a prefeitura ajuda com fardamento e equipamento. “Nós nos sentimos honrados, porque é um trabalho digno. Fazemos bem para a cidade e para o mundo”, reforça Martins. Empresas e entidades também podem ser parceiras, separando o lixo reciclável e apenas comunicando o Catar para que eles passem e recolham todo o material. Desse trabalho, a cooperativa conquistou o Prêmio Sempre 2010 de melhor cooperativa da Região Norte.


E enquanto o Catar comercializa o lixo reciclável dos catadores de ruas, é à Utri (Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos) que chega a coleta seletiva feita nas residências da cidade. Lá funciona uma outra parte do Catar, onde seis mulheres realizam a triagem dos materiais recicláveis, separando, prensando e vendendo-os. Angélica Alves, há um ano na cooperativa, diz: “Gosto de trabalhar com reciclagem. Tem gente que diz que é coisa de mendigo, e eu fico com muita raiva. É um trabalho muito digno, melhor do que não fazer nada”.


fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1300

Reciclagem



A reciclagem é um processo em que determinados materiais, cotidianamente reconhecidos como lixo, são reutilizados como matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Além de se apresentarem com propriedades físicas diferentes, estes também possuem uma nova composição química – fator principal que difere o reaproveitamento da reciclagem, conceitos estes muitas vezes confundidos.

Este processo é importante, nos dias de hoje, porque transforma aquilo que iria ou já se encontra no lixo em novos produtos, reduzindo resíduos que seriam lançados na natureza, ao mesmo tempo em que poupa matérias-primas, muitas vezes originada de recursos não renováveis, e energia. Para produzir alumínio reciclado, por exemplo, utiliza-se apenas 5% da energia necessária para fabricar o produto   primário.

Dessa forma, é importante separar esses materiais, para que não sejam encaminhados juntamente com o lixo que não é reciclável, não tendo outro destino a não ser ocupar espaço nos aterros sanitários e lixões.


Em nosso país, quase toda a totalidade de latinhas descartáveis e garrafas PET são recicladas. Entretanto, plásticos, latas de aço, vidro, dentre outros matérias, são pouco considerados neste processo, reforçando as estatísticas que apontam que somente 11% de tudo o que se joga na lata de lixo, em nosso país é, de fato, reciclado.




Soutiens Reciclados

Soutiens também podem ser reciclados

Lojas japonesas investiram numa tecnologia que transforma a peça em combustível e está oferecendo as consumidoras à possibilidade de levar soutiens usados de volta às lojas

Doar e se desfazer de roupas antigas já se tornou tarefa corriqueira: blusas, vestidos, casacos, sapatos, calças, sutiãs. Sutiã? Pois é, se depois de muito usado ele já não serve mais para seu objetivo de sustentar, pode então ter um fim, digamos, sustentável. O sutiã é um produto difícil de ser reutilizado por não ser atrativo para vender em segunda mão nem doar. Além disso, sua mistura de tecidos e fios é difícil de serem reaproveitadas, segundo especialistas. Pensando nisso, a Triumph Japão investiu numa tecnologia que transforma a peça em combustível e está oferecendo às consumidoras a possibilidade de levar seus sutiãs usados - de todas as marcas - para as lojas. 

As peças são recicladas e transformadas em combustível (óleo RPF, um derivado do petróleo) para utilização industrial. Desde 2009, a Triumph Japão já recolheu mais de 200 mil soutiens, que se transformaram em 14 toneladas de combustível. A concorrente Wacoal arrecadou 179 mil peças - ou 17 toneladas de combustível. Em Portugal, Triumph e Intimissimi dão descontos de 3 a 5 euros numa peça nova quando as clientes entregam sutiãs usados, que por sua vez são utilizados na fabricação de isolantes acústicos. No Brasil, a reciclagem dessas peças ainda não começou, mas bem que podia ser um exemplo para as empresas fabricantes, né?